sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Detesto ver a desilusão

nos olhos de quem amo. Ver o brilho nos olhos apagar-se por algo que me envolve mas que eu não pude evitar. Detesto que tomem decisões (também) sobre mim sem mim, como se eu fosse um fantoche às mãos do destino e da vontade de outros. Detesto que me ignorem por não terem coragem de assumir as suas escolhas ou para se sentirem melhor consigo mesmos evitando pensar no assunto. Detesto a cobardia e a falta de sensibilidade para lidar com os sentimentos de outros que partilharam pedaços da sua vida. Detesto tudo isto em dobro quando foi provocado por alguém em quem eu confiava plenamente. E detesto-me um bocadinho a mim própria por não me ter apercebido a tempo.
Felizmente o universo, mesmo nas situações detestáveis, arranja maneira de nos acalmar. Neste caso com um atraso inesperado de um voo para África que me permitiu passar uns dias bons, apesar da tempestade da minha vida, daqueles dias onde a amizade sincera nos afasta os tormentos da alma com gargalhadas improvisadas (imaginando cenários em que o causador da tormenta sofre as mais hilariantes desventuras) e nos enche de esperança que o sol brilhe um bocadinho mais no dia seguinte. Obrigada D., por estes momentos de salvação.

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