quinta-feira, 12 de abril de 2012

Perfect timing

Ontem.
Pequeno-almoço desastroso, com uma "moka" de café entornada e a cozinha toda estornicada. Bolas, o dia começa mal. Menos mal que não houve queimaduras. Atraso de 50 minutos em relação ao planeado... vamos a ver se consigo chegar ao ISA antes do gabinete fechar para almoço. Na estação de metro, 30 segundos de espera e o metro chegou. Começa a melhorar. O autocarro na Praça da Figueira chega também em 2 minutos. Boa! No mesmo autocarro entra um colega que conheci numa conferência em Itália e pomos a conversa em dia. Vamos para o mesmo sítio e a conversa faz o tempo passar num instantinho.

Chego ao ISA e o gabinete estava aberto, em 10 minutos trato de tudo o que preciso e saio para apanhar o autocarro de regresso à Baixa, que chega em 1 minuto. Foi tudo tão rápido que a viagem de vinda ainda era válida (dura 70 minutos) e com isso poupo 1,60 Euros.
Acabadinha de me sentar recebo uma chamada, o meu irmão estava mesmo a chegar à Baixa. Fixe, vamos almoçar! E depois provar um gelado italiano do Santini (delicioso!). Por esta altura claro que já me tinha esquecido do café entornado.

Depois, loja do cidadão nos Restauradores para pedir o Cartão Europeu de Saúde. São 13h39 e tenho quase 200 pessoas à minha frente... hum, voltarei mais tarde, ou então amanhã. A conferência na Sociedade de Geografia a que assisti a seguir dura 2 horas para mim e saio para ir à Gulbenkian, a outra conferência que me interessa. Passo pela loja do cidadão só para espreitar o número de senha... são 16h45 e faltam só 3 números para a minha vez. Boa!
Trato do cartão e sigo para a Gulbenkian, mesmo a tempo de me indignar com a comitiva governamental que segue na estrada com escolta policial, obrigando todos os outros carros de pessoas normais a encostar e deixá-los passar. Vão para o mesmo sítio que eu, mas eu vou de metro e a pé e eles de BMW, Mercedes ou Audi pretos e rodeados de capangas de óculos escuros. Não sou a única a indignar-me, um senhor que caminha quase ao meu lado balbucia injúrias a quem segue na comitiva, enquanto ele se dirige também a pé à Gulbenkian. Não interessa, no fim de contas eu tenho o universo a ajudar-me com o perfect timing das minhas actividades, não preciso de capangas, de Mercedes nem de pirilampos giratórios barulhentos.
  

E regresso a casa com aquela boa sensação de dever cumprido adocicado com as boas surpresas do dia.

1 comentário:

  1. Fico feliz por saber que contribuí para o adocicar do teu dia. Temos que ir ao Santini novamente :)

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