O meu ultimo dia em Portugal desta curta visita foi um rodopio. Não por falta de organização minha mas por más-vontades e acasos alheios. E o facto de não ser culpa minha ainda me chateia mais. Ora, a minha primeira aventura começou com a compra do bilhete de expresso pela internet, supostamente fácil e rápida, que me permitiria evitar a deslocação ao café onde se compra o bilhete. Puro engano. O email de confirmação da compra – ou seja, o bilhete - nunca chegou à minha caixa de correio e o serviço de clientes a quem contactei por telefone a pedir contas disse-me para me dirigir ao agente na Batalha e apresentar a referência que o bilhete ser-me-ia entregue. Outro engano. A senhora do café recusou-se peremptoriamente a dar-me o bilhete porque nunca tinha feito e… não podia ser. “Mas Ò Dona P., se quiser ligue para a rodoviária a perguntar como funciona, eles dizem-lhe como é”. “Ah, não vou gastar dinheiro numa chamada telefónica para a rodoviária…” (!!) Bem, eu entretanto a ver o tempo a passar até me ofereci para pagar o raio da chamada, mas mesmo assim recusou-se a resolver o problema e eu tive que pagar um segundo bilhete para poder embarcar no autocarro. Com o aviso dado: a reclamação iria ser feita em Lisboa logo que chegasse e o agente da Batalha indicado como tendo recusado prestar um serviço.
Mas no meio das confusões e da má-vontade, encontra-se boa gente com vontade de ajudar. Logo a seguir o motorista do expresso, ouvindo as minhas questões sobre o assunto, telefonou aos serviços a descrever a minha situação e a perguntar onde eu me devia dirigir para reclamar o dinheiro do bilhete. Por iniciativa própria. E com um sorriso meu de resposta. A reclamação foi feita e recebi um bilhete sem data entre Lisboa e Batalha para usar quando quisesse. Apesar de tudo correu bem, não fosse o tempo perdido e a consciência que a má-vontade causa muitos obstáculos desnecessários…
Já em Lisboa, e à boa maneira da Sandra pelintra, apanho o autocarro desde a Tapada da Ajuda até à Baixa, onde esperava apanhar o metro da linha azul para chegar a Sete Rios. Para poupar 3 euros (a diferença em relação ao táxi) fui todo o caminho em pé, num autocarro cheio de gente e com um calor insuportável, parando em todas as paragens existentes, para chegar à estação de metro e descobrir que a linha azul estava interrompida. Bolas! Tive que gastar o mesmo dinheiro num táxi desde a Baixa, mais o dinheiro que paguei no autocarro… mas felizmente encontrei um taxista simpático que conhecia a Batalha e a Nazaré e que me foi entretendo pelo caminho. Depois destas correrias todas, cheguei ao aeroporto quase sem fôlego para ficar a saber que o avião estava atrasado. Uff… paciência de viajante tem limites!
É por estas e por outras que às vezes prefiro ser um pouco menos pelintra :) E pelo menos o taxista era simpático. Se fosse carrancudo, seria o continuar da história até ao aerpoporto.
ResponderEliminarSim, eu também começo a ser menos pelintra, depois destas aventuras todas :)
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